quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Loba e filhote de loba


Eu a conheci quando éramos apenas meninas que não se importavam tanto. Que só queriam fazer coisas novas e experimentar coisas diferentes. Não enxergávamos problema em nada. Tínhamos alguns altos e baixos da vida que não afetavam tanto. Éramos exageradamente loucas e intensas, coisa de adolescente... (Antes fosse mesmo!) Acontece que continuamos aquelas malucas de sempre, só que com um pouco de responsabilidade, coisa de adulto, sabe como é né?! Mas tem coisas que não mudam, evoluem! Esse foi o nosso caso. Nossas mentes se abriram e assim a gente se entende e quebra-cabeça juntas.
E nessa caminhada do dia-a-dia que não para nem um minuto, eu sempre vi coragem no olho dela, uma coragem de ser quem ela quisesse. Uma certeza de querer viver e aproveitar cada momento, com um poder surreal pra aguentar qualquer consequência. Ela é do tipo corajosa que às vezes sente medo, só que não se impede de nada. É um espelho que reflete meus pensamentos. Coisa que vai além da compreensão. Somos do mesmo jeito, mas com nossas próprias particularidades. Parece que viemos de marte ou outro lugar distante, pois a maioria das pessoas não entendem nossas intenções. Temos um bom coração, mas não somos ingênuas. Sabemos nos virar e o que queremos. De menos quando estamos atacadas com a crise aguda da TMP, ai ficamos variáveis e instáveis e não devemos ser levadas a sério.
Hoje, ela é a mesma Loba, só que suas garras cresceram e a sua fome é maior. O problema (ou solução) é que a vida nos dá desafios inesperados. E ai ela teve que aprender a se virar sozinha. Não teve uma base pra começar. Porém mesmo com todos os problemas e dificuldades, ela conseguiu sozinha criar sua história com sua própria família, amigos de verdade, um emprego digno, um amor e um lar com direito a algumas regalias.
A loba virou minha mãe, me fazendo aprender com seus erros e acertos. Aprendemos juntas a esquecer de tudo que não nos faz bem. Nos fazemos presentes e exigimos o melhor de nós. Com ela aprendi em alguns anos o que muita gente não conhece durante uma vida inteira. Ela se resume em uma oportunidade que Deus me deu de não me perder de mim mesma.

“Uma boa cabeça e um bom coração formam sempre uma combinação formidável” (Nelson Mandela)

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