quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Deixa


Deixa eu ser seu amor que eu me mostro e revelo pra você os segredos que nunca contei a ninguém. Te namoro e te faço sentir um homem realizado. E escolho as palavras certas para te contar como te quero bem. Deixa eu fazer parte do seu dia e da sua história para você ter registrado pra sempre na sua memória um caso de amor diferente e raro – que eu engradeço com estilo.
Deixa eu ser sua e de mais ninguém, para que você nunca se sinta sozinho. Prometo me dedicar e fazer valer a pena esse risco de amar, sem medo de acabar. E com a certeza de valer a pena. Deixa que eu te conto repetidas vezes que te amo – de maneiras distintas pra você não enjoar. E gravo seu nome na minha aliança e nos meus contos preferidos pra não esquecer de te amar.
Deixa que eu cuido de você com alguns mimos – que eu sei que você gosta. Deixa que eu faço o almoço e ponho a mesa pra você meu bem e te ajudo a aprender como se lava a louça de um jeito melhor – com carinhos e beijos pra te incentivar. Deixa que eu te faço massagem quando estiver cansado ou quando quiser simplesmente uma atenção a mais.  Deixa que por você eu me esforço de verdade. E me entrego de bandeja pra você não precisar se cansar. Deixa que eu viro o seu vício necessário nas noites de sábado e de todos os outros dias da semana.
Deixa que eu conquisto você de vez para que você não escape da minha vida. Deixa que eu te faço ser meu amor e me amar a cada dia mais. E escrevo mil cartas de amor pra te eternizar na minha vida. Deixa que eu te provo que dá pra ser feliz com o pouco que tenho. E te encanto com a minha sinceridade e te faço seguro de si mesmo. Deixa que eu me deixo ser levada por você aonde quer que você for, só pra não sentir falta da sua presença. Eu te abraço e te acompanho sempre que você quiser, me afasto e volto sempre que você chamar. Deixa que eu me faço presente quando você estiver longe, para evitar a angústia da saudade.
Deixa, que eu te deixo ser o meu amor – nem um pouco secreto. Mas escancarado nos meus olhos. Deixa que se eu cometer o erro de te amar demais eu não vou te culpar. E se você quiser, deixa que, eu não te deixo.

“O amor é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo.” - William Shakespeare

Detalhes de uma amizade que dá saudade


Minha memória nunca foi muito boa pra guardar ou lembrar de detalhes, só que não tem como esquecer os seus detalhes.. Suas mensagens de bom dia, os apelidos no diminutivo (fofos e broxantes) sempre exagerado de carinho, que nos dá mais liberdade pra poder mostrar de verdade quem somos. Nossos e-mails que sempre nos coloca a par dos acontecimentos relevantes, das nossas distintas vidas. Nossa diferença que faz com que tenhamos algo que não é muito normal, mas é bom e nos faz bem e é só isso que importa. Essas coisas não me fazem falta porque eu ainda tenho, e sinto sim, necessidade de tudo isso. Até porque “amigo muso inspirador” é coisa rara de ser ter, e eu agradeço o privilégio!
O problema todo é que eu gravei a felicidade da rotina de te ver cinco vezes na semana. Registrei no meu celular aquelas palhaçadas que você fazia só pra me ver melhor. Guardei todos os bilhetes e desenhos “artísticos”. Minha caixa de entrada e de saída está lotada com nossas conversas longas, curtas e poemas sem rimas improvisados com a nossa história. Não lembro com exatidão de todas as piadas sem graça, mas lembro muito bem das suas caras e bocas e a expressão corporal que te deixava um pouco desengonçado e que sempre me faziam rir, mesmo sem eu querer. Das suas histórias mirabolantes das aventuras de infância, de como você conseguiu ter pedra na boca (que por sinal é o melhor caso que já ouvi). Logo você, tão diferente, me transmitia uma sensação de coragem que eu tinha esquecido em um passado distante. Você é um louco insano escondido dentro de um corpo de um cara qualquer, mas esse seu disfarce de cara normal foi se desgastando com a convivência. E te conhecer de verdade sem muitas obrigações foi marcante. E como eu disse o problema todo foi esse, porque eu sinto uma saudade tão forte desses detalhes, que chega a doer.
Sinto saudade desde os sorrisos inesperados repuxados pelos cantos até os incontroláveis risos escancarados que você me fazia dar involuntariamente. Mesmo sem você aqui eu os sinto de repente quando lembro de alguma coisa que tinha a ver com você. Sinto falta dos seus incentivos que faziam toda a diferença, dos seus ditados populares e dos seus lemas de vida que me ensinaram que nem sempre alguém é o que se parece ser e que por isso devemos tentar conhecer melhor as pessoas. E que dificuldade todos temos e que elas sempre nos tornam melhores em algo, se tivermos dispostos a aprender.
Mesmo distante, te farei presente em meu coração e guardarei nossas lembranças nos meus textos, porque você foi o principal incentivador das minhas vontades esquecidas. A você eu só tenho a agradecer por me deixar ver a vida com seus olhos. E quanto a saudade, eu tentarei matar escrevendo pra você aqui...

“Aprendi que amigos a gente ganha mostrando quem somos.” - (Herman Melville)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Carta aos desconhecidos


Vocês não sabem como que é preciso ser decidido pra ir atrás do que querem. Não se conhecem a ponto de dar um passo adiante para um caminho que realmente te levem a algum lugar. E com isso vocês se iludem tentado encontrar alguém que só existe na imaginação irreal de seus pensamentos. E vivem fora de realidade exigindo que os outros sejam como vocês querem e não entendem que vida é algo único e que cada um deve cuidar do seu próprio umbigo. Essas incompreensões te transformam em pessoas fúteis que não conhecem profundamente ninguém, pois como disse anteriormente, não se conhecem também. Eu não tenho pena, não tenho dó e não tenho nada que vocês possam querer. Mas eu gostaria sinceramente que vocês não fossem assim, rasos, sem extensão, de opiniões sem lógicas e mentes pequenas.
Seus questionamentos não tem base concreta e incomodam mentes evoluídas. Vocês se mostram inseguros devido à inexperiência de se autoquestionarem. Vocês gostam do que é fácil e sempre tentam manter uma bagagem sem peso, com poucas informações. Vocês são ocos por dentro e frios por fora. A mesma coisa sempre, e não querem sair do lugar. Seus pequenos esforços são para maquiar suas atitudes e tentar enganar aos outros e a si mesmos, de que servem para alguma coisa. Até que vocês poderiam servir se estivessem realmente dispostos. Mas não. Disposição é algo que vocês rejeitam para evitar a fadiga, para não correr riscos e não se machucarem quando quebrar a cara. Vocês preferem manter o nível e assim vocês permanecem na primeira fase. Correm de desafios e levam uma vida monótona. Vocês deveriam deixar de ser tão bobos achando que tolos são os que fazem, arriscam, lutam e se emocionam. Vocês deviam abrir mais os olhos e enxergar as pequenas atitudes. Deveriam deixar de fazer parte dessa maioria sem noção das coisas, e virem pro lado da minoria que tem o pé no chão, que sabem dos riscos, que compreendem a complexidade da vida, mas mesmo assim tentam ser melhores.
Se tornar uma pessoa conhecida é saber quem você é de verdade e o que quer agora, sabendo que suas vontades e desejos mudam de acordo com o que você aprende na vida. E aprender a ser alguém sem meias palavras, com emoção escancarada na cara e compreensão nos olhos. Se livrar de mascaras e falar sem vergonha o que realmente sente, e nunca esquecer que tudo passa mais rápido do que queríamos e por isso se importar mais e valorizar cada momento, seja ele bom ou ruim. Entender que mudamos e que amanhã conseguiremos amar alguém sem ao menos entender o porquê. E entender que ser humano não é sinônimo de perfeito nem imperfeito, mas que também não é meio termo. Ser humano é ser os dois termos sem perder o respeito por si próprio e pelos outros.

“Alguém, alguém um dia vai se vingar
Vocês são vermes, pensam que são reis”

(Aborto elétrico - Fátima)